quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Luz e Trevas


Prólogo

A sala do trono é iluminada pelas diversas tochas que estão espalhadas pelo recinto. A luminosidade faz as pedras avermelhadas que revestem a sala ficarem reluzentes. No centro da sala se encontra um grande trono feito de ossos e pedras preciosas. Sentado nele um temido tirano aguarda a vinda de um visitante. As grossas cortinas vermelhas se movem e logo esvoaçam, deixando entrar um forte vento que apaga metade das tochas da sala. A parte esquerda do salão fica mergulhada na escuridão e agora uma presença maligna se esconde nas sombras.
O tirano diz com um tom de sarcasmo: ”Da próxima vez bata na porta.”
Dois brilhos esverdeados surgem no meio das sombras, parecendo ser os olhos da criatura. Ela diz: ”Porque mandou me chamar?”
Tirano: ”A primeira etapa do nosso plano acaba de se concretizar. A criança nasceu.”
Criatura: ”Perfeito. Daqui em diante, deixe o resto comigo. Guiarei os passos desse menino, para que no futuro ele faça o que nasceu para fazer...matar.”
O tirano estampa um sorriso diabólico em sua face, relevando seus dentes pontiagudos.
Enquanto isso, no bairro de classe media na cidade capital do reinado chamada de Sirius, pode-se escutar o grito de uma criança que acaba de nascer em casa. Fazia uma noite tempestuosa nesse dia. O grito da criança se abafou ao ser pego pelo pai. Os lençóis da cama estavam encharcados de sangue. O parto havia sido muito complicado e agora a mãe estava perdendo muito sangue. Ela se encontrava chorando e estava muito debilitada. Seu marido estava de costas para ela segurando seu filho no colo. Ela com dificuldade ergue sua mão e diz numa voz meio rouca: ”Amor, eu acho que eu não irei resistir por muito tempo. Deixe-me passar esses últimos momentos...com o...meu ama..do...filho...”
O homem ainda fica de costas para sua mulher. Um pequeno sorriso se faz no rosto do homem e depois de alguns segundos ele sai caminhando para fora do quarto com o bebe.
A mulher começa a chorar mais e não entende o porquê daquilo, mas logo tem o seu sofrimento interrompido com a morte.
O homem desce as escadas e logo vai para a sala de estar, onde se encontra um homem encapuzado. O pai se ajoelha perante o homem encapuzado e estende a criança para ele. A criança é pega por uma garra coberta por pelos negros. Em seus dedos, unhas que poderiam cortar até mesmo aço.
O bebe começa a chorar. A face do individuo se esconde na escuridão, então dois brilhos esverdeados surgem. O bebe para de chorar e olha para os olhos da criatura, curioso.
A criatura sussurra para ele: ”Não é você que deve chorar meu pequeno, e sim aqueles que se meterem no seu caminho.“
A criatura devolve a criança para os braços do pai e logo diz: ”Que a segunda etapa seja iniciada agora.”
O pai ainda de joelhos diz:”Sim, senhor. Senhor, como devo nomear essa criança?”
A criatura se vira de costas e começa a caminhar para uma parede imersa em sombras, e diz:”Ele deve se chamar...Mortis.”
Depois disso ele da mais um passo e entra na parede escura, desaparecendo.
O pai olha para o filho e diz:”Seja bem vindo, Mortis. Teremos muito trabalho pela frente, então não temos tempo a perder.”

Um comentário:

  1. Iron, parabens por o que você está escrevendo, mesmo estando apenas no começo, sua história é muito fascinante. Mais ou menos quantos capítulos terá?
    Obrigado e parabéns de novo

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